quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Janeiro e sua magia...

O primeiro mês do atual calendário gregoriano foi nomeado em homenagem ao casal divino Janus e Jana, ou Dianus e Diana, antigas divindades pré-latinas, tutelares dos princípios, das portas e entradas e dos começos de qualquer ação ou empreendimento. 
Governando o Sol e a Lua,  Janus e Jana eram os primeiros invocados nas cerimônias, nos rituais e nas bênçãos de qualquer atividade. Com a chegada dos latinos, eles foram substituídos pelo casal divino de sua própria tradição Júpiter e Juno. Ainda assim, o culto a Janus permaneceu, sendo sua benção necessária para qualquer empreendimento autorizado por Júpiter.

Janus era considerado o deus do Sol e do dia, o guardião do Arco Celeste e de todas as portas e entradas, inventor das leis civis, das cerimonias  religiosas e da cunhagem das moedas, que representavam-no como um deus com dois rostos, um virado para o passado e outro para o futuro.  Os atributos de Jana foram assumidos por uma das manifestações da deusa Juno, representada como uma deusa dupla, Antevorta (que olhava para trás e lembrava o passado) e Postvorta (que olhava para frente e detinha o poder da profecia).

Janeiro contém, em si, a semente de todos os potenciais do novo ano, mas também guarda os elementos, as lições e os resíduos do ano que antecedeu. Por isso, é um período adequado para nos livrarmos do velho e do ultrapassado em nossas vidas e ocupações diárias, preparando planos e projetos para novas conquistas, mudanças e realizações.
De acordo com a tradição e a cultura de cada povo, este mês é conhecido sob vários outros nomes. No calendário sagrado druídico, que usa letras do alfabeto Ogham e árvores correspondentes é o mês do álamo, da letra Fearn e seu lema é “fazer escolhas, buscando proteção  e orientação espiritual”.  A pedra sagrada é a granada e as deusas regentes são as Nornes, Jana, Inanna, Anunit, Frigga, Sarasvati, Kore, Pele, Morrigan, Carmenta e Pax.
Já na tradição dos povos nativos, são várias as denominações, como Lua do Lobo, Lua da Neve, Lua Fria, Lua Casta e Mês da Quietude.
Os países nórdicos e celtas celebravam neste mês as Nornes (as três Deusas do Destino), a deusa tríplice Morrigan (senhora da vida, da morte e da guerra) e Frigga (a deusa padroeira do amor e dos casamentos).
Na Índia, comemorava-se Sarasvati, a deusa dos rios, das artes e dos escritos, com os festivais Besant Panchami e Makara Sankranti.
Na antiga Suméria, celebrava-se a deusa do amor e da fertilidade Inanna e a deusa lunar Anunit.
Sekhmet, a deusa solar com cara de leoa e Hathor, a deusa lunar adornada com chifres de vaca, eram celebradas no Egito. A Grande Mãe era honrada em suas representações como a eslava anciã Baba Yaga e a criadora africana Mawu.
Várias comemorações gregas e romanas homenageavam as deusas Kore, Justitia, Carmenta, Athena, Pax, Ceres, Cibele e Gaia.
No Oriente, reverenciavam-se os ancestrais, as divindades da boa sorte, do lar e da riqueza, invocando suas bênçãos para o Ano Novo e realizando vários rituais para afugentar as energias maléficas e os azares.
        A Lua Cheia de Janeiro honrava Ch'ang-O, a deusa chinesa dos quartos de dormir e protetora das crianças.
        O Ano Novo na China começa no primeiro dia de Lua Crescente com o Sol em Aquário. Isto ocorre no período que vai de 21 de Janeiro a no máximo 19 de Fevereiro.
Apesar das diferenças geográficas, climáticas, mitológicas e sociais, todas as antigas culturas tinham cerimônias específicas para fechar um velho ciclo e celebrar o inicio de outro. Mesmo que nossa cultura e realidade sejam completamente diferentes e estejam distanciadas no tempo e no espaço, nossa memoria ancestral guarda os registros dessas celebrações de nossos antepassados e de nossas próprias vidas passadas. Por isso, podemos usar essas informações e lembranças dos antigos rituais e costumes para imprimir e promover mudanças no nosso subconsciente, materializando-as depois no nosso mundo real.
Podemos usar, de uma outra forma mais moderna e pessoal, a antiga sabedoria ancestral, dedicando o mês de Janeiro a “renovação da terra" de nossa realidade material, recolhendo-nos e contemplando a colheita no ano que passou, preparando as sementes para os novos planos e projetos.

CORRESPONDÊNCIAS

Espíritos da Natureza: gnomos, brownies
Ervas: manjerona, cardo, castanhas e cones
Cores: branco brilhante, azul-violeta, preto
Flores: galanto, açafrão
Essências: almíscar, mimosa
Pedras: granada, ônix, azeviche, crisópraso
Árvores: bétula
Animais: coiote, raposa, pavão, gaio
Deidades: Freya, Inanna, Sarasvati, Hera, Ch'ang-O, Sinn
Fluxo de energia: indolente, sob a superfície; inicio econcepção. Proteção, reversão de encantos. Manutenção de energia através do trabalho de problemas pessoais que não envolvam mais ninguém. Fazer com que seus vários corpos trabalhem harmoniosamente juntos com os mesmos objetivos.

Fontes: O Anuário da Grande Mãe

              Livro Mágico da Lua

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