O primeiro mês do atual
calendário gregoriano foi nomeado em homenagem ao casal divino
Janus e Jana, ou Dianus e Diana, antigas divindades pré-latinas,
tutelares dos princípios, das portas e entradas e dos começos de qualquer
ação ou empreendimento.
Governando o Sol e a Lua,
Janus e Jana eram os primeiros invocados nas
cerimônias, nos rituais e nas bênçãos de qualquer atividade. Com a chegada dos latinos,
eles foram substituídos pelo casal divino de sua própria
tradição Júpiter e Juno. Ainda assim, o culto a Janus permaneceu, sendo sua
benção necessária para qualquer empreendimento autorizado por Júpiter.
Janus era considerado o deus do Sol e do dia, o guardião
do Arco Celeste e de todas as portas e entradas, inventor
das leis civis, das cerimonias religiosas e da cunhagem das
moedas, que representavam-no como um deus com dois rostos, um virado para o passado e outro para
o futuro. Os atributos de Jana foram assumidos por uma das
manifestações da deusa Juno, representada como uma deusa dupla,
Antevorta (que olhava para trás e lembrava o passado) e Postvorta (que
olhava para frente e detinha o poder da profecia).
Janeiro contém, em si,
a semente de todos os potenciais do novo ano, mas também guarda os elementos,
as lições e os resíduos do ano que antecedeu. Por isso, é um período
adequado para nos livrarmos do velho e do ultrapassado em nossas vidas e
ocupações diárias, preparando planos e projetos para novas conquistas,
mudanças e realizações.
De acordo com a tradição e
a cultura de cada povo, este mês é conhecido sob vários outros
nomes. No calendário sagrado druídico, que usa letras do
alfabeto Ogham e árvores correspondentes é o mês do álamo, da letra
Fearn e seu lema é “fazer escolhas, buscando proteção e
orientação espiritual”. A pedra sagrada é a granada e as
deusas regentes são as Nornes, Jana, Inanna, Anunit, Frigga,
Sarasvati, Kore, Pele, Morrigan, Carmenta e Pax.
Já na tradição dos povos nativos,
são várias as denominações, como Lua do Lobo, Lua da
Neve, Lua Fria, Lua Casta e Mês da Quietude.
Os países nórdicos e
celtas celebravam neste mês as Nornes (as três Deusas do Destino),
a deusa tríplice Morrigan (senhora da vida, da morte e da
guerra) e Frigga (a deusa padroeira do amor e dos casamentos).
Na Índia, comemorava-se Sarasvati,
a deusa dos rios, das artes e dos escritos, com os festivais Besant Panchami
e Makara Sankranti.
Na antiga Suméria, celebrava-se a deusa do amor
e da fertilidade Inanna e a deusa lunar Anunit.
Sekhmet, a deusa solar
com cara de leoa e Hathor, a deusa lunar adornada com chifres de
vaca, eram celebradas no Egito. A Grande Mãe era honrada em suas representações
como a eslava anciã Baba Yaga e a criadora africana
Mawu.
Várias comemorações
gregas e romanas homenageavam as deusas Kore, Justitia, Carmenta,
Athena, Pax, Ceres, Cibele e Gaia.
No Oriente,
reverenciavam-se os ancestrais, as divindades da boa sorte, do lar e da
riqueza, invocando suas bênçãos para o Ano Novo e realizando vários
rituais para afugentar as energias maléficas e os azares.
A
Lua Cheia de Janeiro honrava Ch'ang-O, a deusa chinesa dos quartos de
dormir e protetora das crianças.
O
Ano Novo na China começa no primeiro dia de Lua Crescente com o Sol
em Aquário. Isto ocorre no período que vai de 21 de Janeiro a no máximo
19 de Fevereiro.
Apesar das diferenças
geográficas, climáticas, mitológicas e sociais, todas as antigas culturas tinham
cerimônias específicas para fechar um velho ciclo e celebrar
o inicio de outro. Mesmo que nossa cultura e realidade sejam
completamente diferentes e estejam distanciadas no tempo e no espaço, nossa memoria
ancestral guarda os registros dessas celebrações de nossos
antepassados e de nossas próprias vidas passadas. Por isso, podemos
usar essas informações e lembranças dos antigos rituais e costumes para
imprimir e promover mudanças no nosso subconsciente, materializando-as depois
no nosso mundo real.
Podemos usar, de
uma outra forma mais moderna e pessoal, a antiga sabedoria
ancestral, dedicando o mês de Janeiro a “renovação da
terra" de nossa realidade material, recolhendo-nos e contemplando a colheita no
ano que passou, preparando as sementes para os novos planos e projetos.
CORRESPONDÊNCIAS
Espíritos da Natureza: gnomos, brownies
Ervas: manjerona, cardo, castanhas e cones
Cores: branco brilhante,
azul-violeta, preto
Flores: galanto, açafrão
Essências: almíscar, mimosa
Pedras: granada, ônix,
azeviche, crisópraso
Árvores: bétula
Animais: coiote, raposa, pavão, gaio
Deidades: Freya, Inanna, Sarasvati,
Hera, Ch'ang-O, Sinn
Fluxo de energia: indolente, sob a
superfície; inicio econcepção. Proteção, reversão de encantos.
Manutenção de energia através do trabalho de problemas pessoais que não
envolvam mais ninguém. Fazer com que seus vários corpos
trabalhem harmoniosamente juntos com os mesmos objetivos.
Fontes: O Anuário da Grande
Mãe
Livro
Mágico da Lua
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