sábado, 25 de fevereiro de 2012

ELEMENTOS MÁGICOS


“ELEMENTOS” MÁGICOS

Os “elementos" dentro do simbolismo mágico são os componentes básicos de tudo o que existe. Esses quatro elementos - Terra, Ar, Fogo e Água - são ao mesmo tempo visíveis e invisíveis, físicos e espirituais.
A partir desses elementos todas as coisas foram formadas, de acordo com o pensamento mágico. Nosso conhecimento científico atual, que sustenta haver muitos outros “blocos de construção", não contraria este princípio; é apenas uma versão mais elaborada.
Não é nada sábio encarar os quatro elementos em termos puramente físicos. Terra, por exemplo, refere-se não apenas ao planeta no qual vivemos, mas também ao fenômeno terreno, da base e da estabilidade. Similarmente o Fogo é muito mais do que a labareda.
Tais elementos possuem muitos atributos, os quais são necessárias algumas palavras sobre cada um deles e sobre o porquê de serem importante na pratica da magia.
Uma vez que praticamos a magia da Natureza, utilizando poderes, instrumentos e símbolos naturais, é importante compreender tais poderes Um dos meios de fazê-lo é por intermédio do estudo dos elementos.
O sistema elemental foi elaborado e aprimorado na Renascença, mas suas raízes se estendem muito mais para trás na história. Pode ser visto apenas como um conveniente sistema de organização para os diversos tipos de magia. Pode também ser encarado como o real sistema de poderes que podem ser acessados para auxiliar em encantamentos e rituais. Cabe a nós definir o modo que desejamos ver.
A seguir falaremos do simbolismo e dos tipos de magia relacionados aos elementos.
Sua compreensão ajudará muito nos trabalhos de magia.
Apesar de os elementos serem descritos como "masculinos"
e "femininos", isso não deve ser encarado de maneira preconceituosa. Assim como todos os sistemas da magia, isso e simbólico - descreve os atributos básicos dos elementos em termos facilmente compreendidos.
Não significa que seja mais masculino praticar magia de Fogo, ou que a magia de Água seja mais apropriada para mulheres. É apenas um sistema de símbolos.

TERRA

Este é o elemento com o qual estamos mais à vontade, pois é nossa morada. Terra não representa necessariamente a Terra física, mas sua porção, estável, sólida, segura.
A Terra é o alicerce dos elementos, a base. É nesse plano que a maio ria de nos passa boa parte de nossas vidas. Quando caminhamos, sentamos, nos erguemos, rastejamos, comemos, dormimos, trabalhamos, cuidamos de nossas plantas, conferimos nossos orçamentos ou ingerimos sal, estamos trabalhando dentro do elemento Terra.
A Terra é o domínio da abundância, prosperidade e riqueza. É o mais físico dos elementos e isso não e negativo, pois é sobre a Terra que os três outros elementos se apoiam. Sem a Terra, a vida como conhecemos não existiria.
Nas práticas de magia, a Terra "rege" todos os encantamentos e rituais que envolvam negócios, dinheiro, emprego, prosperidade em todas as suas formas, estabilidade, fertilidade e assim por diante.
Um ritual desse elemento pode ser simplesmente enterrar um objeto representando sua necessidade em uma área de solo virgem, caminhar pelo natureza visualizando sua necessidade, ou desenhar imagens no chão.
A Terra é um elemento feminino. Ela sustenta, é úmida, fértil, o que a faz feminina. Esses atributos fizeram com que incontáveis civilizações vissem a Terra como a grande Deusa-Mãe, a sempre fértil Criadora da Natureza.
A Terra rege o ponto cardeal Norte, pois esse é o local da maior das escuridões e do inverno. Sua cor é o verde dos campos e das plantas.
Rege as pedras, imagens, árvores e magia com nós.

AR

O Ar é o elemento do intelecto; é o domínio do pensamento, que constitui o primeiro passo para a criação.
Em termos de magia, o ar é a visualização clara, límpida e pura, a qual é um poderoso instrumento de mudança. É também movimento, p ímpeto que envia a visualização ao encontro da manifestação.
Rege os encantamentos e rituais envolvendo viagens, instrução, liberdade, obtenção de conhecimento, descoberta itens perdidos, revelação de mentiras e coisas do gênero.
Pode também ser utilizado no desenvolvimento das faculadade psíquicas.
Encantamentos envolvendo o ar normalmente incluem o ato de posicionar um objeto no ar ou atirar algo do alto de uma montanha ou lugar alto, de modo que o objeto conecte-se fisicamente de fato com o elemento.
O Ar é um elemento masculino, sendo seco, expansivo e ativo. É o elemento que domina os locais de aprendizado, e que atua enquanto teorizamos, pensamos e ponderamos.
O Ar rege o leste porque essa é a direção da grande luz, a luz da sabedoria e da consciência. Sua cor é o amarelo, o amarelo do sol e do céu da aurora, e sua estação é a primavera.
O Ar rege a magia dos quatro ventos, a maioria das adivinhações, a magia de concentração e visualização.

FOGO

O Fogo é o elemento da mudança, desejo e paixão. De certa forma, contem dentro dele todas as formas de magia, pois a magia é um processo de mudança.
A magia de Fogo pode ser assustadora. Os resultados se manifestam rápida e especularmente. Não é um elemento para os de pulso fraco. Entretanto, é o mais básico e, por isso, muito utilizado.
Este é o domínio da sexualidade e da paixão. Não é apenas o "fogo sagrado" do sexo, mas também a centelha de divindade que brilha dentro de nós e de todos os seres vivos. É ao mesmo tempo o mais físico e o mais espiritual dos elementos.
Seus rituais de magia envolvem energia, autoridade, sexo, cura destruição (de hábitos negativos e males), purificação, evolução, e assim por diante.
Um ritual de Fogo geralmente envolve defumação, a queima de ervas, objetos ou papéis, ou a utilização de velas ou pequenos fogareiros.
Sua magia é normalmente praticada próxima à lareiras, ou ao lado de fogueiras acesas em clareiras ou junto à chama de uma vela.
O Fogo é masculino. Rege o sul, o local do grande calor de cor vermelha e da estação do verão.
Toda a magia de velas é regida pelos poderes do fogo.

ÁGUA

A Água é o elemento da purificação, do subconsciente, do amor e das emoções.
Assim como a água é fluída, em constante mutação, fluindo de um nível para outro, também nossas emoções fluem.
A Água é o elemento da absorção e da germinação. O subconsciente é simbolizado por este elemento por estar sempre em movimento, como o mar que não descansa de dia ou de noite .
A magia de Água envolve o prazer, amizade, casamento, fertilidade, felicidade, cura, sono, sonhos, atos psíquicos, purificação e assim por diante.
Um ritual de Água normalmente termina com um objeto sendo atirado ou mergulhado num compartimento com água.
Este é um elemento feminino, e sua cor é o azul das águas profundas. Rege o oeste e os meses outonais do ano, quando as chuvas banham a terra.
A magia da Água é elaborada por meio de espelhos, do mar, da neblina e da chuva.

Abençoados sejam
Yohana
Fonte: Magia Natural -  Scott Cunningham
                                         Grimoire

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Calendário Pagão e o Mês de Fevereiro

FEVEREIRO



        Alguns consideram o nome deste mês derivado do nome do deus romano Februus, posteriormente identificado com Plutão. Fontes mais antigas, no entanto citam a deusa Februa como a padroeira do mês. Februa era a deusa da "febre do amor", da paixão, tendo sido mais tarde transformada em um dos dois aspectos da deusa Juno. Seus ritos orgiásticos persistiram ao longo dos tempos, tendo sido transformados na comemorações cristã de São Valentim, quando amigos e namorados trocam entre si bilhetes em forma de coração e presentes, na Europa e nos Estados Unidos.

O nome celta deste mês é Feabhra e o anglo-saxão, Solmonath, assinalando o retorno da luz após a escuridão do inverno.

No calendário sagrado druídico, a este mês é atribuído a letra Saille do alfabeto oghâmico, sendo o salgueiro a árvore correspondente. O lema do mês é “busque o equilíbrio em sua vida, mesmo passando por experiências dolorosas”. A pedra é a ametista.

Nas tradições dos povos nativos, os nomes deste mês retratam os rigores climáticos do hemisfério norte - Lua da Neve, Lua da Tempestade, Lua da Fome, Lua Selvagem - ou as antigas práticas de purificação espiritual - Lua Vermelha, Mês da Purificação.

Fevereiro é o mês mais curto do ano. Segundo uma lenda, perdeu um dia a favor de Agosto. Inicialmente os meses alternavam entre trinta e trinta e dois dias, mas em algum momento foi alterado e o mês perdeu dois dias em relação aos outros, exceto nos anos bissextos.

Na antiga Grécia, celebravam-se neste mês, os Mistérios Menores de Eleusis, com o retorno da Deusa Kore do mundo subterrâneo e o despertar da natureza. Celebram-se também, durante a lua cheia o festival da deusa Afrodite.

Em Roma, os festivais de Parentália e Ferália louvavam os ancestrais, o de Lupercália promovia rituais de purificação e fertilidade, o de Terminália reforçava a proteção das propriedades, enquanto os de Concórdia celebravam a paz e a harmonia entre as pessoas. Comemorava-se também Diana, a deusa Lua e das florestas. Era um período solene no qual não se celebravam festas ou casamentos e todos os templos eram fechados. As casas eram cuidadosamente limpas. As deusas Vesta e Mania eram honradas em rituais solenes.

As Sacerdotisas de Vesta (as Virgens Vestais) gozavam de enorme respeito e credibilidade. Elas guardavam os testamentos dos cidadãos de Roma e cuidavam para que fossem efetivamente cumpridos quando do falecimento do autor. Com uma simples aparição ou palavra de uma virgem vestal qualquer criminoso era libertado sem qualquer questionamento ou discussão.

No final do mês, os Festival de Caristia ou Concórdia consistia numa celebração familiar por paz e hamonia.

Na Lua Cheia deste mês, comemorava-se na China, a deusa da compaixão e misericórdia Kuan Yin, enquanto que na Lua Crescente celebrava-se, na Índia, a deusa Sarasvati e, no Japão a deusa solar Amaterasu, com o festival das lanternas Setsu-Bun-O.

O povo Inca tinha o Festival do Grande Amadurecimento, chamado Hatun Pucuy.

Os judeus celebram até hoje o Purim, festival dedicado à Rainha Esther, que salvou o povo hebraico de um massacre. As famílias vão à sinagoga e depois festejam com comidas tradicionais. As crianças se vestem com fantasias e encenam peças de teatro, trocando depois presentes entre si.

Fevereiro é um mês propicio tanto às reconfirmações do caminho espiritual quanto às iniciações, dedicando sua devoção a alguma divindade que se tenha afinidade.

Lembrando que antes de preparar qualquer ritual é recomendado que o ambiente seja limpo e purificado, pois a purificação altera o campo energético, removendo as energias mais densas, propiciando o ambiente para a entrada de energias benéficas e renovadoras.

Na tradição Wicca, comemora-se no Hemisfério Norte o Sabbath de Imbolc ou Candlemas e no Hemisfério Sul o Sabbath de Lammas ou Lughnasadh.



Correspondencias:



·        ESPIRITOS DA NATUREZA: fadas domésticas

·        ERVAS: balsamo, hissopo, mira e sálvia

·        CORES: azul claro, violeta

·        FLORES: prímula

·        ESSÊNCIAS: heliotrópio

·        PEDRAS: ametista, jaspe, cristal em pedra

·        ÁRVORES: sorveira, louro, cedro

·        ANIMAIS: lontra, águia

·        DEIDADES: Brigith, Juno, Kuan Yin, Diana, Deméter, Perséfone / Kore, Afrodite

Fontes:   O ANUARIO DA GRANDE MÃE

                O LIVRO MÁGICO DA LUA



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

LUGHNASADH: LAMMAS

LUGHNASADH: LAMMAS
                         
Sabbath da Primeira Colheita (02 de Fevereiro no Hemisfério Sul / 01 de Agosto no Hemisfério Norte), também conhecido como Lughnasadh (pronuncia-se "lug-na-ssádh") - O nome original (Lughnasadh) significa, literalmente, a "festa de Lugh" (Lugh é um deus celta), Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbath Lammas é um Festival da Colheita.
Tema do Sabbath:  A Deusa como a Rainha de abundância,  é honrada como a mãe que deu luz  à generosidade.  O Deus é honrado como o Pai da Prosperidade. Neste dia, o pão é assado por tradição e as primeiras frutas do jardim são colocadas sobre o  altar. Uma porção do pão é oferecida tradicionalmente ao povo das fadas.
Nesse Sabbath (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), agradecemos aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honramos o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.
Nesse dia sagrado, os sacerdotes druidas realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol.
Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.                  
A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado ainda hoje como parte do rito do Sabbath de Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar para simbolizar a Deusa Mãe da colheita é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.    
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbath Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.

Correspondências de Lughnasadh

·         CORES: marrom, laranja, vermelho, amarelo.
·         DEUSES: das colheitas e dos grãos, o principal deus é Lugh.
·         ERVAS: peonia, flor de trevo, heliotrópio, verbena, murta, rosa, girassol, musgo irlandês, trigo, salsa, centeio, aveia, cevada, arroz, alho, cebola, manjericão, menta, babosa, acácia, folha de maçã, folha de framboesa, folha de morango, folha de uva, azevinho, confrei, calêndula, vinheiro, hera, avelã, espinheiro-preto, sabugueiro.
·                    PEDRAS: olho-de-gato, citrino, aventurina, topázio dourado, obsidiana, ágata musgosa, rodocrosita, quartzo claro, mármore, ardósia, granito, seixos de rio.

Algumas sugestões de jogos de Lammas:
• Corrida com três pernas
• Corrida com ovo na colher
• Corridas de revezamento em equipe
• Braço-de-força (em homenagem ao Deus)

O importante é adaptar os jogos às pessoas que estarão participando das festividades no dia. Use a criatividade!                  
Dedicado à Lugh, o deus celta da luz, o sabbath representava seu sacrifício anual que garantia a maturação das sementes, sua colheita e o fornecimento dos grãos para o próximo plantio. Neste festival, temos o outono paralelo à união sacrificial de Beltane com o deus do ano crescente.              O Deus-Sol se sacrifica para renascer nos grãos, o que faz deste festival uma celebração essencial dos grãos e pães.      
Tailtu, a Deusa Mãe, também era celebrada com danças e cantos, exaltada como a fonte de toda vida e abundância. Os primeiros frutos e cereais colhidos eram-lhe ofertados nos altares de pedra dos bosques sagrados de carvalhos.             Vemos Lammas, então, como um festival de regeneração. É o primeiro festival da colheita (depois vêm Mabon e Samhaim). Celebramos a Deusa, a plenitude da Terra, a agricultura e todas as realizações em nossas vidas.                    
No início de fevereiro, celebramos a primeira colheita. É de extrema importância que celebremos o alimento que um dia foi cultivado e hoje está em nossa mesa. A Terra foi fecundada pelo Sol e graças a esse casamento sagrado temos o que comer; temos vida.                                                                   O Sol alcançou seu ponto mais alto no solstício de verão e agora está minguando cada vez mais... Devemos celebrar tudo o que foi feito, assim como a ida do Deus para a Summerland (País de verão). Os dias estão ficando mais curtos e começamos a tomar consciência da chegada do inverno em breve. Uma festa de grãos, frutas e vegetais é alegremente celebrada, como todos os festivais pagãos.

Antigas tradições:

- Fazer velas para honrar a Deusa e o Deus.
- Coletar água da chuva e de tempestade para o uso de feitiços e para potencializar objetos mágicos.
- Criar e enterrar uma Garrafa de Bruxa.
- Fazer uma Boneca de Milho e guardar para o próximo Imbolc.
- Fazer uma Roda de Milho.
- Fazer um piquenique mágico com libações para a terra, de pão e vinho.
Comidas típicas: ervas frescas, frutas e vegetais, pão de milho e de grãos, amoras pretas, tortas, sidra, vinho de pétalas de rosas.
- Fazer pão de grãos

Alguns costumes de Lughnasadh

- Lughnasadh era a festa céltica que comemorava os jogos funerais de Lugh. Não a morte de Lugh, mas os jogos que ele institucionalizou para honrar a morte de sua mãe adotiva, Tailtu. Na Irlanda, Lughnasadh é chamado de "Jogos de Tailtu".
- Nos antigos rituais de Lammas, havia uma efígie do Deus Milho feita com vime e outros materiais. O homem de vime era preenchido com todos os "sacrifícios" da aldeia: frutas, grãos, riquezas, vinho e outras oferendas. Uma fogueira enorme era construída e consagrada. Durante a cerimônia deste festival, o homem de vime era lançado sobre o fogo e sacrificado, levando assim os desejos das pessoas ao mundo dos deuses.
- Simplificando a ortografia, Lúnasa significa "mês de agosto" em gaélico-irlandês. Lunasda e Lunasdal signigicam "Lammas" (primeiro de agosto em gaélico-escocês). Na Ilha de Man, o equivalente é Laa Luanys ou Laa Lunys. Na Escócia, é Iuchar. Na península de Dingle é conhecida por An Lughna Dubh ("o festival sombrio de Lugh").

Lugh

Na maioria dos livros, encontramos Lugh classificado como um deus solar, mas ele é muito mais complexo do que isso. Provavelmente, tais associações suas ao Sol devem ter vindo dos povos gregos e romanos, ao entrarem em contato com a cultura celta. Na Gália e na Grã-Bretanha, existem muitos exemplos de cultos ao deus Lugh.
O nome Lugh vem do irlandês antigo e significa "brilho" ou "luz". Seu nome, aliás, aparece no nome de muitos lugares da Europa: Lugo (na Galícia), Leiden (na Holanda), Luguvalium (na Inglaterra), Lughbhadh (na Irlanda), Lugdunum (hoje Lyons, na França).
Há um grande número de imagens de Lugh nas terras célticas, o que comprovam a sua importância. De acordo com Cláudio Crow Quintino, autor de 'O Livro da Mitologia Celta', "na Gália foram encontrados diversos vestígios dos cultos a esta deidade, que se manifesta - de acordo com o padrão celta - de forma tríplice". E continua: "A representação iconográfica de Lugos, seu nome gaulês, por vezes o mostra com três rostos e três falos."Isso confirma a sua natureza tríplice. Existia um festival chamado Oidhche Lugnasa, o festival do Pão Fresco, que é uma celebração celta da colheita dedicada à deusa Tailtu e a Lugh. Ela era uma antiga deusa irlandesa da Terra, mãe de Lugh. Ele então criou o festival de Lughnasadh para reverenciá-la. Em tempos antigos, tais celebrações duravam cerca de quinze dias, e depois foram cristianizadas como "a Festa da Colheita".

Canção de Lammas:

Dê graças pelas bênçãos, dê graças pelas lições
Dê graças por tudo o que a Deusa dá
Dê graças por mostrar nossos sonhos que agora estão crescendo
Dê graças a presença da Deusa em nossas vidas

Refrão:
Obrigado, obrigado, ó Grande Mãe Obrigado...

Com o primeiro milho verde nossos sonhos estão tomando forma
Pedimos força para ver a verdadeira colheita nascer
Mãe do Milho, do Pé, e do Chifre
Agradecemos pela generosidade que você trouxe à nossa porta

(Refrão)
Mãe do grão, do Sol e da Chuva
Oramos por uma colheita abundante de novo
Damos graças pelas bênçãos, damos graças pelas lições
Damos graças por tudo o que a Deusa dá”


Um toque Brasileiro:


Grande parte dos wiccanos brasileiros preferem utilizar simbolismos mais próximos à cultura do Brasil, principalmente os simbolismos da cultura indígena (que são considerados os mais ‘originais’ dos brasileiros).
Nesse sabnath, podemos citar a Deusa indígena Mani. Segundo a lenda, a filha do chefe de uma tribo apareceu grávida, porém ela jurava não ter se deitado com homem algum. O pai, seguindo a tradição, mata-la-ia; entretanto, na noite anterior ao ato, um espírito dos Antigos Anciãos da sua tribo veio-lhe em sonho e disse-lhe que a criança possuiria uma grande magia e que não deveria ser morta.
Quando a criança nasceu, sua pele era tão branca que mais parecia a própria lua a brilhar. Já nasceu sabendo falar, no segundo dia de vida, aprendeu a andar. Após um ano, aconselhando a tribo com as sábias palavras de uma Deusa, Mani morreu. Segundo a tradição, foi enterrada na oca de sua mãe, que a regava todos os dias.
Dentro de algum tempo, uma planta nasceu naquele lugar, uma planta cujas raízes escuras eram tão grandes que chegaram a sair do chão. Entretanto, o interior da raiz era tão branco quanto a alva pele de Mani; assim a planta ficou conhecida como Mandioca, que quer dizer, a Oca (casa) de Mani.
Por isso, em honra a Deusa Mani, também é muito comum no Brasil a valorização da mandioca e de outras plantas típicas no ritual de Lughnasad: a Festa da Colheita.


Fontes: Grimoire
                Wicca: A Religião da Deusa
                Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna
                Guia Prático da Wicca
                A Dança Cósmica das Feiticeiras
                O Livro das Sombras de Scott Cunnigham
               Wicca Brasil, Guia de Rituais das Deusas Brasileiras
Wicca Essencial
O Livro da Mitologia Celta