domingo, 31 de março de 2013

A Magia do Mês de Abril


ABRIL E SUA MAGIA

 


                Originalmente inspirado em Aphrodite, a deusa grega da vida e do amor, o nome deste mês foi posteriormente adaptado pelos romanos para Aprilis, “o tempo das flores e folhas em botão”. A palavra “aperire” significava abrir, lembrando o atributo menos conhecido desta deusa: o de guardiã do portal da vida. Ela era representada nua, com as mãos apontando para os órgãos genitais, a passagem que permite à alma “abrir a porta da vida”.

            Abril é o mês da abertura no hemisfério nórdico: abertura da terra, para receber as sementes, das sementes que germinam e dos botões que se abrem em flor.

            O nome anglo-saxão deste mês era Easter Monath, que até hoje é mantido na palavra Easter (Páscoa). Reverenciava-se a Deusa da primavera e da fertilidade Eostre, assemelhada a Afrodite. Na Irlanda, este mês era chamado de Aibreau e na tradição Asatru (nórdica), Ostara.

            No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Huathe, a árvore sagrada é o espinheiro e o lema é juntar as forças par ir adiante”.

            A pedra sagrada deste mês é o diamante e as divindades regentes são as deusas Afrodite, Flora, Perséfone, Cibele, Kwan Yin, Ártemis, Bau, Anahit, Coaticlue, Mayahuel, Bast, Hathor, Ishtar e o Deus Verde da Vegetação.

            Os povos nativos tinham vários nomes para este mês: Lua da Semente, Lua do Plantio, Lua das Árvores em Botão, Lua do Semeador, Lua da Lebre, Lua da Relva Verde, Lua das Árvores que Crescem, Lua Cor de Rosa, Mês do Crescimento.

            Neste mês, haviam inúmeras celebrações e comemorações nas tradições e culturas antigas.

            Em Roma, a festa de Megalésia festejava Cibele, a deusa da terra, cujo culto veio da Ásia Menor, onde era venerada como Grande Mãe. O festival romano de Florália celebrava a deusa das flores e da alegria Flora, enquanto o festival Cereália comemorava o  retorno da deusa Proserpina do mundo subterrâneo e a alegria de sua mãe, Ceres, enchendo a terra de folhas e flores. As mulheres romanas homenageavam a deusa Fortuna Virilis para ter sorte no amor.

            Em Canãa e na Fenícia, reverenciava-se a deusa lunar ornada de chifres Anahita ou Anat e Anait, enquanto nos países celtas celebravam-se as deusas solares Aine e Brighid.

            Atualmente o Festival Japonês das Flores festeja o nascimento de Buda mas, na tradição shintoista, cultuavam-se os ancestrais, adornando suas lápides com flores.

            Nos países nórdicos, 1º de Abril era dedicado ao deus trapaceiro Loki e é considerado o Dia da Mentira e dos Bobos. Em vários países, Dia dos Bobos permite brincadeiras e piadas, em lembrança da mudança do calendário e da saída dos pacientes internados em hospício ara desfrutarem de liberdade.

            No Egito comemorava-se Bast, a deusa solar com cabeça de gato. No hemisfério Sul, os Incas tinham o Festival de Camay Inca Raymi.

           

CORRESPONDÊNCIAS:

 

·        Espíritos da Natureza: fadas das plantas

·        Ervas: manjericão, cebolinha, cálamo, gerânio, cardo

·        Cores: vermelho carmim, ouro

·        Flores: margarida, ervilha de cheiro

·        Essências: pinho, louro, avelã

·        Animais: urso, lobo, falcão, pega

·        Deidades: Kali, Hathor, Anahita, Ceres, Ishitar, Vênus, Bast

·        Pedras: diamante

 


Fonte: O Anuário da Grande Mãe

             O Livro Mágico da Lua