Um pouco de tarot e de poesia para nosso dia:
"Despe-te das palavras e te aquece.
Toma nas mãos esses odres de terra.
E como quem passeia, leva-os ao mar.
Se tudo te foi dado em abundância
O sal e a água de uma maré cheia
Eu te darei também a temperança.
Deita-te depois e vibra tua garganta
Como se fosse um início de um cantar.
Não cantes todavia.
Aqui, zona de tato e calor, margem do ser
Larga periferia, olha teu corpo de carne
Tua medida de amor, o que amaste em verdade.
O que foi síncope.
Todavia não cantes na perplexidade."
HILDA HILST
Se eu fosse representar este poema em uma carta de tarot, certamente utilizaria o Arcano XIV
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