NOVEMBRO
Apesar de ser o décimo primeiro mês
do atual calendário, Novembro ainda guarda o antigo nome – Novem, significando
nove – em referencia à sua posição ao calendário romano original.
Na tradição celta o Sabbath de
Sahmain, no primeiro dia deste mês, marcava o inicio de um novo ano, cujo o
nome celta era La Shamhna. O nome anglo saxão era Blotmonath e o nórdico,
Herbistmonath e Fogmoon. Os povos antigos chamavam o mês de Lua Escura, Lua da
Névoa, Lua da Neve, Lua do Castor, Lua das Tempestades, Lua quando os Alces
trocam os Chifres, Lua do Velório e Mês do Sacrifício.
No calendário sagrado druídico, Beth
é a letra Ogham e o álamo a árvore sagrada. O lema do mês é “purifique-se e
prepare-se para novos desafios e mudanças pessoais em sua vida”.
A pedra sagrada deste mês é o topázio
e as divindades regentes são Bast, Cailleach, Ferônia, Gaia, Hécate, Holda,
Ísis, Kali, Mawu, Nicnevin, Odin, Osíris, Skadi e Tiamat.
Independente do nome, este mês
representava uma transição entre o velho e o novo, o tempo de término e de
novos começos.
Inúmeras culturas antigas
reverenciavam os espíritos dos ancestrais e as almas durante este mês. As
celebrações celtas de Sahmain (Hemisfério Norte) proporcionavam o contato com
os espíritos dos falecidos (alguma semelhança com a atual data de finados
dos católicos?) e eram dedicadas a Cailleach, a anciã Senhora da Morte.
No Egito as celebrações de Isia lembravam
a ressurreição do deus Osíris com encenações ritualísticas do combate entre as
forças do bem e do mal e cerimonia do plantio após o recuo do Rio Nilo.
Ao contrario da atmosfera de tristeza
e luto das comemorações cristas dos mortos, até hoje, no México, o “Dia de Las
Muertes” é comemorada de forma alegre e divertida. Os túmulos são enfeitados
com flores coloridas de papel, as famílias se reúnem para piqueniques no
cemitério e comemoravam com as comidas e bebidas preferidas dos mortos. As
crianças se divertiam com doces e brinquedos em forma de esqueletos e caveiras.
Na Grécia, no dia dezesseis, havia
uma celebração muito importante para Hécate, a deusa da lua minguante, da
noite, das encruzilhadas e do mundo dos mortos. Para reverencias a deusa e
pedir sua proteção, eram deixadas nas encruzilhadas as “Ceias de Hécate”.
Nos países nórdicos, a deusa Hel,
Holda ou Bertha era comemorada como a condutora das almas durante “A Caça
Selvagem”. Na Escócia, acreditava-se que a deusa Nicnevin também “cavalgava”
durante a festa de Samhain, junto com seus adeptos, atravessando o céu noturno.
Com o fim do ano se aproximando, reserve
este mês para completar ou finalizar seus projetos e compromissos. Descarte
tudo aquilo que não lhe serve mais, livre-se dos “pesos mortos” para abrir
novos espaços e reflita sobre os ciclos da vida e da natureza. Reverencie os
espíritos de seus ancestrais e familiares, aceite a partida deles sem tristeza
e ore por sua evolução espiritual.
Correspondências:
· Espíritos
da Natureza: fadas subterrâneas
· Ervas:
verbena, betonia, borragem, cardo sangrado, flor de cactos, crisântemo
· Cores:
cinza, verde-mar
· Essências:
cedro, flor de cerejeira, jacinto, narciso, hortelã, limão
· Pedras:
topázio, lápis-lazuli, jacinto
· Arvores:
cipestre, amieiro
· Animais:
unicórnio, escorpião, crocodilo, chacal, coruja, andorinha e ganso
· Deidades:
Kali, Ísis Negra, Nicnevin, Hécate, Bast, Osíris, Sarasvati, Lakshmi, Skadi,
Mawu
· Fluxo de
Poder: transformação, fortalecimento da comunicação com a Deusa e o Deus.
Fontes: O Anuário da Grande Mãe
O Livro Mágico da Lua
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