Sem
vida não há água
“Celebremos a chuva
que cai!
Celebremos as árvores
verdes que brotam do chão!”
Que não há vida sem água, isso você já sabe.
Afinal mais de 70% de nossos corpos é formado por água. Essa água que rege
nossas emoções, essa água capaz de purificar nosso corpo e nossa alma. Essa
água que circula e conecta todos os seres em seu ciclo contínuo de transformação,
do céu cai em mágica chuva que umedece o solo e mata a sede de plantas e bichos
para então retornar evaporada ao céu e assim por diante. Acontece que, não
somente não há vida sem água, como não há água sem vida! Se não houvesse vida,
a água já teria desaparecido. Sendo o hidrogênio um átomo levíssimo, teria escapado
para o espaço se o oxigênio produzido pelas plantas na fotossíntese não o
tivesse retido na forma de água antes que isso ocorresse ou se certos microorganismos
não o captassem para fazer sulfeto de hidrogênio*. Há quem diga que foi
exatamente isso que aconteceu em Marte ou Vênus. E é na vida que a água fica
segura, estável.
Quando uma floresta é
derrubada, quando a mata é queimada, a água que ali estava se vai porque são os
seres vivos que evapotranspiram permitindo a formação das nuvens que de novo
cairão em forma de chuva reiniciando o ciclo todo. Várias regiões hoje áridas
de Mãe Terra já foram um dia frondosas florestas! no Oriente Médio havia
florestas! No México Central havia florestas! No Norte da África havia frondosa
floresta! Quando a floresta
se vai... a água se vai... É na matéria
orgânica que podemos cultivar a água: nessa matéria orgânica, nesse mundo de
folhas e galhos, que insistimos em varrer, em queimar;. em todos os lugares, no
campo e nas cidades para deixar tudo limpinho;. porque achamos feio, achamos
sujo o solo coberto de serrapilheira. Mas são justamente essas folhas e galhos
que tornam o solo poroso como uma esponja, é aí que se encontra a água que
expulsamos do nosso lugar... essa água da qual deveríamos cuidar com tanta
responsabilidade...
Masaru
Emoto nos mostrou, com seus experimentos, que lindos cristais se formam com bons
pensamentos. Portanto, vamos cuidar das águas que existem dentro de nós com
bons pensamentos e sentimentos e vamos cuidar das águas fora de nós (mas que em
algum momento certamente voltarão para dentro de nós) mantendo a vida abundante
em nosso quintal, em nosso planeta.
*
James Lovelock, em Gaia, cura para um planeta doente.