O Despertar de Ísis - A primeira hora da luz do dia
"Desperta em paz, Oh Senhora da Paz...
Deusa da Vida, Bela no Paraíso...''
-Padiusiri, do ''Hino para despertar Ísis em seu santuário ao amanhecer''.
À beira do deserto, pelas margens do Nilo, um distante cântico é ouvido quando o alvorecer corta o céu. No alto de um penhasco próximo ao mar, um templo de mármore solitário ressoa com um ode a Ísis que compete com o canto dos pássaros nas árvores.
Na praça do mercado, em Roma, o dono de uma taverna balança a cabeça, sabendo que ele está abrindo as portas tarde, porque os ritos de Ísis já começaram.
Não muito distante dali, o imperador de Roma ouve o rito matutino começar e decide que seria sábio de sua parte, política e espiritualmente, dedicar um novo templo a essa poderosa Deusa.
Na Inglaterra, uma mulher meio celta, meio romana, se emociona quando ante o tremer de um sistro a sacerdotisa, vestindo um manto, inicia o ritual.
Em uma solitária caravana no Caminho da Seda que leva á Ásia, um sacerdote viajante olha para o globo do sol, que nasce cor de laranja, através da poeira do deserto, e anseia pelos altos pilares esculpidos, decorados com pedras preciosas, nos magníficos templos de sua Deusa, a milhares de quilômetros.
No meio do Nilo, no reino da ilha de Meroe, Sua Majestade a Candake balança um sistro em uníssono com o cântico, orando para que a Deusa sorria aos seus esforços nesse dia de guerra.
Dentro de um navio, em mar revolto, o capitão roga a Ísis que salve a tripulação e a nave, ao mesmo tempo que um passageiro devotado a uma nova fé ouve as preces e se pergunta se essa suposta Deusa poderá, um dia, ser conquistada, uma vez que Sua influência é tão penetrante.
Em um acampamento bárbaro, nas profundezas das escuras florestas da Europa, um chefe que está retornando anuncia que seu filho receberá outro nome em honra a Serápis, o consorte de Ísis, cujo culto ele conheceu quando estava entre o mundo ''civilizado''.
Nas montanhas da Índia, um rei da linhagem entronada por Alexandre, O Grande, quando conquistou o Oriente, para diante de uma estatua de Ísis e presta reverência, em concordância, quando a sacerdotisa entoa as preces á Deusa, com versos parcialmente esquecidos.
Uma jovem, dedicada a Ísis até o dia de seu casamento, sonha com seu amado e corre para o templo na esperança de vê-lo entre a congregação.
Nos longos corredores da biblioteca de Alexandria, um estudante solitário sura as palavras da liturgia matutina enquanto se debruça sobre um antigo pergaminho, antes de apagar o lampião e deixar que a luz do alvorecer Dê vida ás palavras desbotadas a sua frente.
O Rito Matutino de Ísis
Nos diversos templos de Ísis, a liturgia matutinha para despertá-La era entoada a cada alvorecer. Embora as palavras fossem diferentes de templo para templo, e mudadas para se adequar ás especiais naturezas das manifestações de Ísis, o significado e o propósito do ritual de abertura permanecem os mesmos.
Depois que as horas da noite se vão, a imagem de Ísis, uma faísca da divina essência que deu vida ao templo, estava agora desperta, refrescada, ungida, vestida e presenteada com oferendas. Embora frequentemente as horas da noite fossem, mitologicamente, muito ocupadas para os Deuses e Deusas, e possuíssem seus próprios rituais e ritos, ainda assim, o amável despertar deles acontecia a cada alvorecer. O rito era cumprido sem falta, quer por apenas uma sacerdotisa em um santuário oculto no campo, quer por uma procissão de sacerdotes e sacerdotisas, cantores e entoadores, aglomerando-se pelas escuras câmeras de um templo.
Para Ísis, o despertar pela manhã deve tê-La feito sorrir, porque seus muitos aspectos e diversas funções parecem ter impedido qualquer chance de dormir e sonhar divinamente durante o dia. Como Rainha do Submundo, o ato de dormir e os sonhos e viagens astrais trazidos por ela são de Seu domínio privativo, auxiliada por seu companheiro, colega e sobrinho, o Deus com cabeça de chacal, Anúbis. E como protetora de Osíris, várias das horas da noite são Seu posto especial, quando Ela deve estar preparada para defender os mortos e as almas que dormem nos demônios da noite, que desejam fazer mal ás almas que estão sob os cuidados da Deusa.
Como Senhora da Luz e da Chama, Ísis é a senhora do Crepúsculo, e o brilho cor-de-rosa que precede o nascer do sol é Seu sorriso dando as boas-vindas ao novo dia. Tanto como uma Deusa do Sol quanto uma Deusa da Lua, Ela está presente no nascer e no pôr do sol, e como uma Deusa do ar, as brisas da manhã, principalmente as que vêm do frio norte, também carregam Sua essência. A Senhora das Plantas Verdes passa algumas horas da noite persuadindo as sementes e as folhas a desabrochar; as flores da manhã se abrem aos toques de Seus dedos.
Não é necessário, portanto, despertar a sempre vigilante Ísis. Mas agora, para que Suas Sacerdotisas, Seus sacerdotes e templos possam ser despertados espiritualmente e relembrados que, com esse novo dia, ela novamente reside com e dentro deles, a Deusa Ísis multiplica Sua presença para preencher cada um de Seus templos e permitir Seu despertar.
Fonte: Os Mistérios de Ísis - Seu Culto e Magia, Detraci Regula
domingo, 14 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
JULHO E O CALENDÁRIO PAGÃO
Em 46
a.C., "ano da confusão", o imperador Júlio César resolveu organizar o
caótico calendário romano. Em sua homenagem, Quintilis, o nome original
deste mês foi modificado. O calendário juliano permaneceu válido pelos próximos
mil e seiscentos anos, sendo substituído, em 1582, pelo gregoriano. O nome do
mês continuou, como provade admiração pelo trabalho reformador de
Júlio César.
Outros nomes antigos atribuídos a este mês foram: na Irlanda, Iuil, nos Países
Anglo-Saxões, Aftera Litha ou "após Litha", a celebração do solstício
e nas regiões nórdicas, Maedmonath ou Hevoimonath. Os povos nativos nomearam
este mês de Lua das Plantas, Lua de Sangue, Lua da Benção, Lua do Trovão, Lua
dos Prados e Mês do Feno.
No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Coll e a árvore
sagrada é a aveleira. O lema do mês é "usar a energia criativa para
realizar seu trabalho e criar novos projetos". A pedra sagrada é o rubi e
as divindades regentes são Athena, Amaterasu, Atagartis, Cerridwen, ella, Ísis,
Juno, Maat, Nephtys, Netuno, as Nornes, Osíris e Rhea.
Na Roma antiga, este mês abrigava dois grandes festivais: Nonane Caprotinae,
dedicado a deusa Juno e Neptunália, celebrando o deus Netuno e a deusa
Salácia. Comemorava-se também o amor de Vênus e Adonis.
Os gregos celebravam, neste mês, as Olimpíadas, as famosas competições de
atletismo, drama e música. Os ganhadores eram muito aclamados e valorizados,
pois uma vitória nas Olimpíadas era uma grande conquista, tanto para o
indivíduo como para a sua cidade. Este festival era dedicado a Zeus e, no seu
decorrer, qualquer disputa era interrompida. Neste mês celebravam-se
também, Panathenaca, o festival dedicado à deusa Athena e as procissões
para a deusa Deméter.
No Egito, , celebrava-se o casamento sagrado de Ísis e Osíris com o festival
Opet marcando o inicio do Ano Novo. Havia, também, comemorações menores em
homenagem aos aniversários de Ísis, Nephtys, Maat, Osíris, Seth e Hórus. Nos
países nórdicos, haviam vários festivais e celebrações. como os da deusa celta
Cerridwen, da deusa solar Sunna, da senhora do mundo subterrâneo Holda, da
deusa do mar Rane e das três senhoras do destino, as Nornes.
Celebrações budistas e shintoistas no Japão homenageavam os espíritos dos
ancestrais durante O Bon, o Festival das Lanternas. Os templos, as casas e
os cemintérios eram limpos e enfeitados com flores e lanternas. Oferendas eram
colocadas nos túmulos festejando a volta dos espíritos dos mortos para perto de
seus familiares durante estes três dias.
No Japão comemorava-se as deusas Amaterasu, Fuji Chih Nu; na Índia, o festival
Naa Panchami homenageava a deusa Manasa Devi.
No hemifério sul, os Incas abençoavam a terra para um novo plantio com a
cerimônia Chahua-huarquiz. Os índios norte americanos festejavam a colheita e a
despedida dos Kachinas, enquanto os Maias celbravam vários deuses e deusas no
começo do Ano Novo.
Dedique este mês para avaliar suas realizações, canalizar sua energia criativa
para novos projetos e descobrir novos caminhos de realização espiritual.
CORRESPONDÊNCIAS:
*
ESPÍRITOS DA NATUREZA: duendes, fadas das colheitas
* ERVAS
E FLORES:madressilva, agrimônia, hissopo
* CORES:
prata, cinza-azulado
*
ESSÊNCIAS: lírio, olíbano
*
PEDRAS: pérola, selenita, ágata branca
*
ÁRVORES: carvalho, acácia e freixo
*ANIMAIS:
besouro, tartaruga, golfinho, baleia, íbis, andorinha
*
DEIDADES: Khepera, Athena, Juno, Hel, Holda, Cerridwen, Néftis e Vênus.
FONTES:
O ANUÁRIO DA GRANDE MÃE
O LIVRO MÁGICO DA LUA
Abençoados
sejam!!!!
)0(
YOHANA )0(
Assinar:
Postagens (Atom)