BORBOLETA
Em grego antigo, Borboleta diz-se PSYCHÉ, ou seja, ALMA. Por sair do casulo, ao nascer, a borboleta é símbolo da alma imortal. representa AUTO TRANSFORMAÇÃO, clareza mental, novas etapas e liberdade. Assim como a borboleta que é irreversivelmente atraída pela luz, a alma também é pela verdade divina, por isso é símbolo da verdade.
Na tradição antiga, a borboleta simbolizava o princípio etéreo.
Suas metamorfoses lembram o estado do homem sob sua forma terrestre, na qual o vigor e a atividade da alma celeste se encontram entravados e confundidos com o ser material.
Elevando-se no ar, a borboleta é a imagem da alma celeste rompendo os elos da matéria para se confundir com o novo éter o qual emana.
A borboleta (hu-die) é na China, como na Grécia antiga, o símbolo da alma, da renovação e da imortalidade.
Os chineses vêem nela igualmente uma evocação do homem enamorado que vem beber do cálice das flores ( a mulher).
As imagens de uma borboleta e uma ameixeira representam uma longa vida e a beleza virgem, uma borboleta e um gato expressa o desejo de que a vida se prolongue por muitos anos.
No Ocidente a borboleta representa a leveza e o inconsciente.
Nos sonhos é um símbolo de renascimento ligado ao processo de transformação psíquica, de libertação e de cadeias do Ego.
A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento.
No Japão a borboleta é um emblema da mulher, por ser graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas (masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em casamentos. Também são vistas como espíritos viajantes que anunciam a morte de uma pessoa próxima quando aparecem. A metamorfose das borboletas é simbolizada como: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição. Também pode ser vista como a saída do túmulo.
No mito do imortal jardineiro (Yuan-ko), sua bela esposa ensina o segredo dos bichos-da-seda, sendo ela própria, talvez, um bicho-da-seda.
No mundo sino-vietnamita a borboleta serve para exprimir um voto de longevidade ou é associada ao crisântemo pra simbolizar o outono.
No mundo sino-vietnamita a borboleta serve para exprimir um voto de longevidade ou é associada ao crisântemo pra simbolizar o outono.
Um conto irlandês chamado Corte de Etain simboliza a borboleta como a alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã. No conto o deus Miter se casa pela segunda vez com uma deusa chamada Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, transforma-a em uma poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma em uma linda borboleta. Mider e Engus (filho de Dagda) recolhem a lagarta e a protegem. "E essa lagarta se torna em seguida uma borboleta púrpura.(...) era a mais bela que já ouve no mundo.
O som de sua voz e o bater de suas asas eram mais doces que as gaitas de foles, as harpas e os cornos. Seus olhos brilhavam como pedras preciosas na obscuridade. Seu odor e seu perfume faziam passar a fome e a sede a quem quer que estivesse cerca dela. As gotículas que ela lançava de suas asas curavam todo o mal, toda doença e toda peste na casa daquele de quem ela se aproximava. O simbolismo é o da borboleta, o da alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã, e transformada em benfeitora e bem-aventurada."
Os astecas consideram a borboleta como um símbolo da alma, ou o sopro vital que escapa da boca de quem está morrendo.
Os astecas consideram a borboleta como um símbolo da alma, ou o sopro vital que escapa da boca de quem está morrendo.
Os balubas no Zaire central também simbolizam a borboleta como a alma. Eles dizem que o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte. O homem na infância é comparado a uma pequena lagarta e na maturidade, uma grande lagarta. Conforme vai envelhecendo, ele vai se transformando em uma crisálida. O seu túmulo seria associado ao casulo, de onde a alma sairá sob a forma de uma borboleta.
Os iranianos acreditam que os defuntos podem aparecer sobre a forma de uma mariposa.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros descem à terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca (HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana. Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros descem à terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca (HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana. Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.
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