ABRIL E SUA MAGIA
Originalmente
inspirado em Aphrodite, a deusa grega da vida e do amor, o nome deste mês foi
posteriormente adaptado pelos romanos para Aprilis, “o tempo das flores e
folhas em botão”. A palavra “aperire” significava abrir, lembrando o atributo
menos conhecido desta deusa: o de guardiã do portal da vida. Ela era
representada nua, com as mãos apontando para os órgãos genitais, a passagem que
permite à alma “abrir a porta da vida”.
Abril é o mês da abertura no
hemisfério nórdico: abertura da terra, para receber as sementes, das sementes
que germinam e dos botões que se abrem em flor.
O nome anglo-saxão deste mês era
Easter Monath, que até hoje é mantido na palavra Easter (Páscoa).
Reverenciava-se a Deusa da primavera e da fertilidade Eostre, assemelhada a
Afrodite. Na Irlanda, este mês era chamado de Aibreau e na tradição Asatru
(nórdica), Ostara.
No calendário sagrado druídico, a
letra Ogham correspondente é Huathe, a árvore sagrada é o espinheiro e o lema é
juntar as forças par ir adiante”.
A pedra sagrada deste mês é o
diamante e as divindades regentes são as deusas Afrodite, Flora, Perséfone,
Cibele, Kwan Yin, Ártemis, Bau, Anahit, Coaticlue, Mayahuel, Bast, Hathor,
Ishtar e o Deus Verde da Vegetação.
Os povos nativos tinham vários nomes
para este mês: Lua da Semente, Lua do Plantio, Lua das Árvores em Botão, Lua do
Semeador, Lua da Lebre, Lua da Relva Verde, Lua das Árvores que Crescem, Lua
Cor de Rosa, Mês do Crescimento.
Neste mês, haviam inúmeras
celebrações e comemorações nas tradições e culturas antigas.
Em Roma, a festa de Megalésia
festejava Cibele, a deusa da terra, cujo culto veio da Ásia Menor, onde era
venerada como Grande Mãe. O festival romano de Florália celebrava a deusa das
flores e da alegria Flora, enquanto o festival Cereália comemorava o retorno da deusa Proserpina do mundo
subterrâneo e a alegria de sua mãe, Ceres, enchendo a terra de folhas e flores.
As mulheres romanas homenageavam a deusa Fortuna Virilis para ter sorte no
amor.
Em Canãa e na Fenícia, reverenciava-se
a deusa lunar ornada de chifres Anahita ou Anat e Anait, enquanto nos países
celtas celebravam-se as deusas solares Aine e Brighid.
Atualmente o Festival Japonês das
Flores festeja o nascimento de Buda mas, na tradição shintoista, cultuavam-se
os ancestrais, adornando suas lápides com flores.
Nos países nórdicos, 1º de Abril era
dedicado ao deus trapaceiro Loki e é considerado o Dia da Mentira e dos Bobos.
Em vários países, Dia dos Bobos permite brincadeiras e piadas, em lembrança da
mudança do calendário e da saída dos pacientes internados em hospício ara
desfrutarem de liberdade.
No Egito comemorava-se Bast, a deusa
solar com cabeça de gato. No hemisfério Sul, os Incas tinham o Festival de
Camay Inca Raymi.
CORRESPONDÊNCIAS:
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Espíritos da
Natureza: fadas das plantas
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Ervas:
manjericão, cebolinha, cálamo, gerânio, cardo
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Cores:
vermelho carmim, ouro
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Flores:
margarida, ervilha de cheiro
·
Essências:
pinho, louro, avelã
·
Animais: urso,
lobo, falcão, pega
·
Deidades:
Kali, Hathor, Anahita, Ceres, Ishitar, Vênus, Bast
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Pedras:
diamante
Fonte:
O Anuário da Grande Mãe
O Livro Mágico da Lua