quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CALENDÁRIO PAGÃO E O MÊS DE NOVEMBRO

NOVEMBRO

                Apesar de ser o décimo primeiro mês do atual calendário, Novembro ainda guarda o antigo nome – Novem, significando nove – em referencia à sua posição ao calendário romano original.
         Na tradição celta o Sabbath de Sahmain, no primeiro dia deste mês, marcava o inicio de um novo ano, cujo o nome celta era La Shamhna. O nome anglo saxão era Blotmonath e o nórdico, Herbistmonath e Fogmoon. Os povos antigos chamavam o mês de Lua Escura, Lua da Névoa, Lua da Neve, Lua do Castor, Lua das Tempestades, Lua quando os Alces trocam os Chifres, Lua do Velório e Mês do Sacrifício.
         No calendário sagrado druídico, Beth é a letra Ogham e o álamo a árvore sagrada. O lema do mês é “purifique-se e prepare-se para novos desafios e mudanças pessoais em sua vida”.
         A pedra sagrada deste mês é o topázio e as divindades regentes são Bast, Cailleach, Ferônia, Gaia, Hécate, Holda, Ísis, Kali, Mawu, Nicnevin, Odin, Osíris, Skadi e Tiamat.
         Independente do nome, este mês representava uma transição entre o velho e o novo, o tempo de término e de novos começos.
         Inúmeras culturas antigas reverenciavam os espíritos dos ancestrais e as almas durante este mês. As celebrações celtas de Sahmain (Hemisfério Norte) proporcionavam o contato com os espíritos  dos falecidos (alguma semelhança com a atual data de finados dos católicos?) e eram dedicadas a Cailleach, a anciã Senhora da Morte.
         No Egito as celebrações de Isia  lembravam a ressurreição do deus Osíris com encenações ritualísticas do combate entre as forças do bem e do mal e cerimonia do plantio após o recuo do Rio Nilo.
         Ao contrario da atmosfera de tristeza e luto das comemorações cristas dos mortos, até hoje, no México, o “Dia de Las Muertes” é comemorada de forma alegre e divertida. Os túmulos são enfeitados com flores coloridas de papel, as famílias se reúnem para piqueniques no cemitério e comemoravam com as comidas e bebidas preferidas dos mortos. As crianças se divertiam com doces e brinquedos em forma de esqueletos e caveiras.
         Na Grécia, no dia dezesseis, havia uma celebração muito importante para Hécate, a deusa da lua minguante, da noite, das encruzilhadas e do mundo dos mortos. Para reverencias a deusa e pedir sua proteção, eram deixadas nas encruzilhadas as “Ceias de Hécate”.
         Nos países nórdicos, a deusa Hel, Holda ou Bertha era comemorada como a condutora das almas durante “A Caça Selvagem”. Na Escócia, acreditava-se que a deusa Nicnevin também “cavalgava” durante a festa de Samhain, junto com seus adeptos, atravessando o céu noturno.
         Com o fim do ano se aproximando, reserve este mês para completar ou finalizar seus projetos e compromissos. Descarte tudo aquilo que não lhe serve mais, livre-se dos “pesos mortos” para abrir novos espaços e reflita sobre os ciclos da vida e da natureza. Reverencie os espíritos de seus ancestrais e familiares, aceite a partida deles sem tristeza e ore por sua evolução espiritual.

Correspondências:

·         Espíritos da Natureza: fadas subterrâneas
·         Ervas: verbena, betonia, borragem, cardo sangrado, flor de cactos, crisântemo
·         Cores: cinza, verde-mar
·         Essências: cedro, flor de cerejeira, jacinto, narciso, hortelã, limão
·         Pedras: topázio, lápis-lazuli, jacinto
·         Arvores: cipestre, amieiro
·         Animais: unicórnio, escorpião, crocodilo, chacal, coruja, andorinha e ganso
·         Deidades: Kali, Ísis Negra, Nicnevin, Hécate, Bast, Osíris, Sarasvati, Lakshmi, Skadi, Mawu
·         Fluxo de Poder: transformação, fortalecimento da comunicação com a Deusa e o Deus.



Fonte:  O Anuário da Grande Mãe
         O Livro Mágico