domingo, 14 de julho de 2013

Rito Matutino de Ísis

O Despertar de Ísis - A primeira hora da luz do dia


"Desperta em paz, Oh Senhora da Paz... Deusa da Vida, Bela no Paraíso...'' -Padiusiri, do ''Hino para despertar Ísis em seu santuário ao amanhecer''.

À beira do deserto, pelas margens do Nilo, um distante cântico é ouvido quando o alvorecer corta o céu. No alto de um penhasco próximo ao mar, um templo de mármore solitário ressoa com um ode a Ísis que compete com o canto dos pássaros nas árvores. Na praça do mercado, em Roma, o dono de uma taverna balança a cabeça, sabendo que ele está abrindo as portas tarde, porque os ritos de Ísis já começaram. Não muito distante dali, o imperador de Roma ouve o rito matutino começar e decide que seria sábio de sua parte, política e espiritualmente, dedicar um novo templo a essa poderosa Deusa. Na Inglaterra, uma mulher meio celta, meio romana, se emociona quando ante o tremer de um sistro a sacerdotisa, vestindo um manto, inicia o ritual. Em uma solitária caravana no Caminho da Seda que leva á Ásia, um sacerdote viajante olha para o globo do sol, que nasce cor de laranja, através da poeira do deserto, e anseia pelos altos pilares esculpidos, decorados com pedras preciosas, nos magníficos templos de sua Deusa, a milhares de quilômetros. No meio do Nilo, no reino da ilha de Meroe, Sua Majestade a Candake balança um sistro em uníssono com o cântico, orando para que a Deusa sorria aos seus esforços nesse dia de guerra. Dentro de um navio, em mar revolto, o capitão roga a Ísis que salve a tripulação e a nave, ao mesmo tempo que um passageiro devotado a uma nova fé ouve as preces e se pergunta se essa suposta Deusa poderá, um dia, ser conquistada, uma vez que Sua influência é tão penetrante. Em um acampamento bárbaro, nas profundezas das escuras florestas da Europa, um chefe que está retornando anuncia que seu filho receberá outro nome em honra a Serápis, o consorte de Ísis, cujo culto ele conheceu quando estava entre o mundo ''civilizado''. Nas montanhas da Índia, um rei da linhagem entronada por Alexandre, O Grande, quando conquistou o Oriente, para diante de uma estatua de Ísis e presta reverência, em concordância, quando a sacerdotisa entoa as preces á Deusa, com versos parcialmente esquecidos. Uma jovem, dedicada a Ísis até o dia de seu casamento, sonha com seu amado e corre para o templo na esperança de vê-lo entre a congregação. Nos longos corredores da biblioteca de Alexandria, um estudante solitário sura as palavras da liturgia matutina enquanto se debruça sobre um antigo pergaminho, antes de apagar o lampião e deixar que a luz do alvorecer Dê vida ás palavras desbotadas a sua frente. O Rito Matutino de Ísis Nos diversos templos de Ísis, a liturgia matutinha para despertá-La era entoada a cada alvorecer. Embora as palavras fossem diferentes de templo para templo, e mudadas para se adequar ás especiais naturezas das manifestações de Ísis, o significado e o propósito do ritual de abertura permanecem os mesmos. Depois que as horas da noite se vão, a imagem de Ísis, uma faísca da divina essência que deu vida ao templo, estava agora desperta, refrescada, ungida, vestida e presenteada com oferendas. Embora frequentemente as horas da noite fossem, mitologicamente, muito ocupadas para os Deuses e Deusas, e possuíssem seus próprios rituais e ritos, ainda assim, o amável despertar deles acontecia a cada alvorecer. O rito era cumprido sem falta, quer por apenas uma sacerdotisa em um santuário oculto no campo, quer por uma procissão de sacerdotes e sacerdotisas, cantores e entoadores, aglomerando-se pelas escuras câmeras de um templo. Para Ísis, o despertar pela manhã deve tê-La feito sorrir, porque seus muitos aspectos e diversas funções parecem ter impedido qualquer chance de dormir e sonhar divinamente durante o dia. Como Rainha do Submundo, o ato de dormir e os sonhos e viagens astrais trazidos por ela são de Seu domínio privativo, auxiliada por seu companheiro, colega e sobrinho, o Deus com cabeça de chacal, Anúbis. E como protetora de Osíris, várias das horas da noite são Seu posto especial, quando Ela deve estar preparada para defender os mortos e as almas que dormem nos demônios da noite, que desejam fazer mal ás almas que estão sob os cuidados da Deusa. Como Senhora da Luz e da Chama, Ísis é a senhora do Crepúsculo, e o brilho cor-de-rosa que precede o nascer do sol é Seu sorriso dando as boas-vindas ao novo dia. Tanto como uma Deusa do Sol quanto uma Deusa da Lua, Ela está presente no nascer e no pôr do sol, e como uma Deusa do ar, as brisas da manhã, principalmente as que vêm do frio norte, também carregam Sua essência. A Senhora das Plantas Verdes passa algumas horas da noite persuadindo as sementes e as folhas a desabrochar; as flores da manhã se abrem aos toques de Seus dedos. Não é necessário, portanto, despertar a sempre vigilante Ísis. Mas agora, para que Suas Sacerdotisas, Seus sacerdotes e templos possam ser despertados espiritualmente e relembrados que, com esse novo dia, ela novamente reside com e dentro deles, a Deusa Ísis multiplica Sua presença para preencher cada um de Seus templos e permitir Seu despertar.

Fonte: Os Mistérios de Ísis - Seu Culto e Magia, Detraci Regula

terça-feira, 2 de julho de 2013

JULHO E O CALENDÁRIO PAGÃO


Em 46 a.C., "ano da confusão", o imperador Júlio César resolveu organizar o caótico calendário romano. Em sua homenagem, Quintilis, o nome original deste mês foi modificado. O calendário juliano permaneceu válido pelos próximos mil e seiscentos anos, sendo substituído, em 1582, pelo gregoriano. O nome do mês continuou, como provade admiração pelo trabalho reformador de Júlio César.

   Outros nomes antigos atribuídos a este mês foram: na Irlanda, Iuil, nos Países Anglo-Saxões, Aftera Litha ou "após Litha", a celebração do solstício e nas regiões nórdicas, Maedmonath ou Hevoimonath. Os povos nativos nomearam este mês de Lua das Plantas, Lua de Sangue, Lua da Benção, Lua do Trovão, Lua dos Prados e Mês do Feno.

   No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Coll e a árvore sagrada é a aveleira. O lema do mês é "usar a energia criativa para realizar seu trabalho e criar novos projetos". A pedra sagrada é o rubi e as divindades regentes são Athena, Amaterasu, Atagartis, Cerridwen, ella, Ísis, Juno, Maat, Nephtys, Netuno, as Nornes, Osíris e Rhea.

   Na Roma antiga, este mês abrigava dois grandes festivais: Nonane Caprotinae, dedicado a deusa Juno e Neptunália, celebrando o deus Netuno e a deusa Salácia. Comemorava-se também o amor de Vênus e Adonis.

   Os gregos celebravam, neste mês, as Olimpíadas, as famosas competições de atletismo, drama e música. Os ganhadores eram muito aclamados e valorizados, pois uma vitória nas Olimpíadas era uma grande conquista, tanto para o indivíduo como para a sua cidade. Este festival era dedicado a Zeus e, no seu decorrer, qualquer disputa era interrompida.  Neste mês celebravam-se também, Panathenaca, o festival dedicado à deusa Athena e as procissões para a deusa Deméter.

   No Egito, , celebrava-se o casamento sagrado de Ísis e Osíris com o festival Opet marcando o inicio do Ano Novo. Havia, também, comemorações menores em homenagem aos aniversários de Ísis, Nephtys, Maat, Osíris, Seth e Hórus. Nos países nórdicos, haviam vários festivais e celebrações. como os da deusa celta Cerridwen, da deusa solar Sunna, da senhora do mundo subterrâneo Holda, da deusa do mar Rane e das três senhoras do destino, as Nornes.
 

   Celebrações budistas e shintoistas no Japão homenageavam os espíritos dos ancestrais durante O Bon, o Festival das Lanternas. Os templos, as casas e os cemintérios eram limpos e enfeitados com flores e lanternas. Oferendas eram colocadas nos túmulos festejando a volta dos espíritos dos mortos para perto de seus familiares durante estes três dias.

   No Japão comemorava-se as deusas Amaterasu, Fuji Chih Nu; na Índia, o festival Naa Panchami homenageava a deusa Manasa Devi.

   No hemifério sul, os Incas abençoavam a terra para um novo plantio com a cerimônia Chahua-huarquiz. Os índios norte americanos festejavam a colheita e a despedida dos Kachinas, enquanto os Maias celbravam vários deuses e deusas no começo do Ano Novo.

   Dedique este mês para avaliar suas realizações, canalizar sua energia criativa para novos projetos e descobrir novos caminhos de realização espiritual.

CORRESPONDÊNCIAS:

* ESPÍRITOS DA NATUREZA: duendes, fadas das colheitas

* ERVAS E FLORES:madressilva, agrimônia, hissopo

* CORES: prata, cinza-azulado

* ESSÊNCIAS: lírio, olíbano

* PEDRAS: pérola, selenita, ágata branca

* ÁRVORES: carvalho, acácia e freixo

*ANIMAIS: besouro, tartaruga, golfinho, baleia, íbis, andorinha

* DEIDADES: Khepera, Athena, Juno, Hel, Holda, Cerridwen, Néftis e Vênus.

FONTES: O ANUÁRIO DA GRANDE MÃE

              O LIVRO MÁGICO DA LUA

Abençoados sejam!!!!

)0( YOHANA )0(